quarta-feira, outubro 04, 2006

aquém das retinas
se o mundo destila peçonha
é porque as pedras do caminho
só no meio podem ser filosofais

dinheiro é vida
exclama deus
perdendo sangue todavia

e no último dia
a humanidade vai cair podre
da árvore onde ainda permanece
é a praga que eu rogo
laus deo

[maurício matos, aquém das retinas, 7letras, 2006