segunda-feira, maio 14, 2007

Poema antigo

De noite atravessando o lago a nado o momento
Que te põe em causa Já não há outro
Finalmente a verdade Que tu mais não és que uma citação
De um livro que não escreveste
Podes escrever uma vida para negar isto na tua
Fita de máquina descorada O texto lê-se à transparência

[heiner müller
trad. joão barrento
o anjo do desespero, relógio d'agua, 1997

2 Comments:

At 16.5.07, Blogger Pesa-Nervos said...

bacana, bacana!!!

 
At 20.5.07, Blogger Ana Carolina Braz said...

E ainda digo mais:
muito bacana mesmo!
beijos e saudades e aparece!

 

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