terça-feira, maio 22, 2007

Um futuro texto


Há algum tempo atrás, procurei o poeta-detetive Sebastião Uchoa Leite para lhe perguntar sobre a possível relação entre um assassinato, até então misterioso, e o fato de a vítima, antes do crime, ter lido alguns poemas em que ela mesma morria. Um pouco surpreso com minha ingenuidade e como o grande poeta que sempre foi, Sebastião me disse ser o espaço do crime um espaço onde os poemas poderiam fazer muito pouco, ou seja, não ajudariam como pista. Para meu desapontamento -- e talvez seja esse o sentimento deste livro --, o autor de A ficção vida confirmou o que eu apenas suspeitava. De um lado, o trabalho arbitrário da literatura. De outro, o caráter decisivo do mistério.


15/08/2006

5 Comments:

At 22.5.07, Anonymous Anônimo said...

Incrível, oportunidade única! Mas como o crime foi resolvido? Brincadeira...

 
At 23.5.07, Anonymous Anônimo said...

Uma dica assim não me deixaria desapontado, mas sim feliz, feliz da vida.
Abraço

 
At 26.5.07, Anonymous Anônimo said...

um texto com futuro!
arbitrário? misterioso...

 
At 27.5.07, Blogger Silvia Chueire said...

É um prazer andar por aqui. Os poemas, a escolha deles, as fotografias, as referências aos filmes, um conjunto de bom gosto.
Tem razão a primavera, é um texto com futuro.

Abraços,

 
At 28.5.07, Blogger Ana Carolina Braz said...

Eu quero saber o resto.
Por coincidencia peguei o Crítica de ouvido para ler justamente hoje:)
E senti dua falta lá na leitura! Você perdeu: comecei a ler e passei o ponto onde tinha que parar até que várias páginas depois minha amiga me chuta embaixo da mesa para parar, foi ótimo!
Beijos!

 

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