Um futuro texto
Há algum tempo atrás, procurei o poeta-detetive Sebastião Uchoa Leite para lhe perguntar sobre a possível relação entre um assassinato, até então misterioso, e o fato de a vítima, antes do crime, ter lido alguns poemas em que ela mesma morria. Um pouco surpreso com minha ingenuidade e como o grande poeta que sempre foi, Sebastião me disse ser o espaço do crime um espaço onde os poemas poderiam fazer muito pouco, ou seja, não ajudariam como pista. Para meu desapontamento -- e talvez seja esse o sentimento deste livro --, o autor de A ficção vida confirmou o que eu apenas suspeitava. De um lado, o trabalho arbitrário da literatura. De outro, o caráter decisivo do mistério.
15/08/2006
5 Comments:
Incrível, oportunidade única! Mas como o crime foi resolvido? Brincadeira...
Uma dica assim não me deixaria desapontado, mas sim feliz, feliz da vida.
Abraço
um texto com futuro!
arbitrário? misterioso...
É um prazer andar por aqui. Os poemas, a escolha deles, as fotografias, as referências aos filmes, um conjunto de bom gosto.
Tem razão a primavera, é um texto com futuro.
Abraços,
Eu quero saber o resto.
Por coincidencia peguei o Crítica de ouvido para ler justamente hoje:)
E senti dua falta lá na leitura! Você perdeu: comecei a ler e passei o ponto onde tinha que parar até que várias páginas depois minha amiga me chuta embaixo da mesa para parar, foi ótimo!
Beijos!
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